A Distância do Impossível

No fundo, "a distância do impossível" é um lembrete cruel e poético de que algumas conexões existem para transformar, não para durar.

A Distância do Impossível

Há uma singular melancolia em viver à beira do impossível, especialmente quando o coração se agarra a um amor que jamais poderá ser vivido. É uma dança eterna entre o quase e o nunca, onde a proximidade não diminui a distância e o sentimento não encontra forma no real. É o dilema de estar tão perto, mas com um abismo invisível entrelaçando duas almas.

O amor impossível é, paradoxalmente, o mais puro. Ele vive livre das limitações do cotidiano, das imperfeições da convivência, das pressões do tempo e da lógica. É um amor que floresce apenas no território da imaginação e, talvez por isso, alcance profundidades que os amores concretos raramente tocam. Mas é também um amor aprisionado, condenado a existir como uma promessa sem cumprimento.

Há momentos em que os olhos se encontram e o mundo parece conspirar para que tudo dê certo — exceto o destino. Nessas breves intersecções, o coração ousa sonhar, mas logo é puxado de volta pela gravidade das circunstâncias. E assim seguimos, navegando entre o êxtase do que poderia ser e a resignação do que é.

O amor impossível não exige reciprocidade plena, mas entrega; não pede presença, mas permanência na ausência. É um amor que sabe que nunca será um “nós”, mas ainda assim pulsa, como uma estrela que brilha para ninguém, exceto para si mesma.

Talvez a beleza desse amor esteja exatamente em sua impossibilidade. Ele ensina sobre a capacidade infinita do coração humano de amar, mesmo quando o amor não pode ser consumado. Ele nos desafia a aceitar que nem tudo que é sentido pode ser vivido, e que há forças maiores que moldam os encontros e desencontros da vida.

No fundo, “a distância do impossível” é um lembrete cruel e poético de que algumas conexões existem para transformar, não para durar. Elas nos convidam a amar pelo simples fato de amar, sem posse, sem promessa, sem fim. É o amor que nos torna humanos — e que nos ensina, por fim, a amar a nós mesmos no reflexo do outro.

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